LUTO no esporte de Rio das Ostras - Assim amanhecemos! por Pablo Djuric Ladeira.
- riostrenseoficial
- 21 de set. de 2015
- 3 min de leitura

Mais um domingo de futebol, mais um domingo de alegrias, mais um domingo, mais um domingo de tristezas.
"É só futebol!" Ah, o futebol. O esporte mais popular do Brasil e do Mundo. Tão amado, mas também tão odiado. Tantos sorrisos, mas também tantas lágrimas. Tantas emoções, mas também tantas monotonias. Seja por amor ou ódio, ou até pela indiferença, o futebol faz parte das famílias de todo o mundo.
Esse domingo foi a rodada com mais gols pela rodada do Campeonato Brasileiro desde a sua estreia. A Liga dos Campeões e as Ligas Européias também começaram no velho continente.
Ah, o futebol! Em Rio das Ostras não é diferente! O futebol se faz presente na rotina dos riostrenses de forma tímida, mas faz, ou pelo menos tenta se fazer. Isso só é possível graças às poucas mãos humanas (pleonasmo mesmo) que tentam a todo custo usar do amor pelo esporte para fazer caridade, promover a integração e a paz social, promover a atividade física, empreender, ou, que seja, somente para se divertirem. Os motivos não interessam, mas os fins sim!
Ah, o futebol! Instrumento de pacificação social! Momento de abraçar desconhecidos, de chorar conquistas, de ter esperança em dias melhores ou, que seja, fugir da rotina incessante de trabalho do dia a dia.
Nesse domingo teve tudo isso, e hoje, segunda-feira, Rio das Ostras amanhece de luto! Não, ninguém morreu, graças a Deus. Nem poderia!
Que me perdoem o trocadilho, mas não me refiro também à morte do nosso time que tomou outra goleada estrondosa e que mostra como os demais times são superiores ao nosso nessa difícil competição (Campeonato Amador da Liga de Rio das Ostras).
Morreu o respeito! Não morreu só o respeito ao regulamento, ao adversário, aos companheiros, aos que são vítimas e aos que erram! Morreu o maior sentimento que se poder ter: o sentimento ao próximo - o respeito ao semelhante.
Não são as camisas invertidas por meras cores que nos tornam melhores ou piores que nossos semelhantes que estão na nossa frente nos impedindo de colocar a bola dentro das redes. Não são nossas habilidades, sejam elas inferiores ou superiores, que nos tornam diferentes dos demais membros componentes do espetáculo.
Independente da religião, ou da falta dela, a nossa condição de semelhante ao próximo é indiscutível por qualquer uma delas.
Hoje uma troca de agressões, ou não também, terminou com uma lesão ao nosso atleta Marlom. Lesão que quase lhe causou traumatismo craniano e que fora localizada a 5 cm da coluna que lhe poderia resultar mal igual ou maior.
Não se discute aqui quem fez, o porque fez e se a vítima merecia ou não. Se discute a nossa falta de senso de SEMELHANÇA ao próximo. Somos donos das atitudes, mas nunca das consequências.
Como funcionário do clube, na condição de Diretor de Futebol e Jurídico, jamais poderia me omitir quando a esse episódio e deixar de assumir minhas responsabilidades, como ninguém assim deve fazer.
As consequências sempre virão. Seja hoje, amanhã ou depois. Mas antes delas, rogo a Deus que consigamos evoluir para recuperar, ou adquirir, em breve o respeito ao nosso semelhante. Respeitar não só a vítima, mas também quem erra, afinal vítimas e culpados, todos somos, na medida de nossas ações, ou falta delas.
Parabéns Marlom! Hoje nasceu um herói em Rio das Ostras! Herói porque seu episódio serviu de exmplo para todos, muito mais para mim, para pensarmos e entendermos o que estamos fazendo e onde queremos chegar com isso.
Obrigado Alex, presidente do Operário, pelo entendimento, respeito e alma solícita em relação ao episódio.
Trata-se de um desabafo! Gostaria hoje de lamentar e compartilhar um vídeo reflexivo com vocês!
por Pablo Djuric Ladeira.
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